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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em experimento histórico, cientistas reconstroem visões do cérebro em vídeos digitais

Em experimento histórico, cientistas reconstroem visões do cérebro em vídeos digitais:

Cientistas da UC Berkeley desenvolveram um sistema que captura a atividade visual em cérebros humanos e a reconstrói como vídeos digitais. No futuro, este processo pode permitir a você gravar e reconstruir seus próprios sonhos em uma tela de computador.

Eu simplesmente não consigo acreditar que isto está mesmo acontecendo, mas de acordo com o Professor Jack Gallant, neurocientista da UC Berkeley e coautor da pesquisa publicada ontem no periódico Current Biology, “este é um avanço enorme rumo à reconstrução de imagens internas. Estamos abrindo uma janela para os filmes de nossas mentes.”

De fato, é de cair o queixo. Estou ao mesmo tempo entusiasmado e assustado. O processo funciona assim:

Os pesquisadores usaram três pessoas diferentes para os experimentos – que, vale notar, eram membros da própria equipe de pesquisa, porque era necessário ficar em um aparelho de ressonância magnética (fMRI) por várias horas seguidas. As pessoas foram expostas a dois grupos diferentes de trailers de filmes de Hollywood, à medida que o fMRI gravava o fluxo de sangue no cérebro que passava no córtex visual de seus cérebros.

As leituras foram colocadas em um programa de computador, no qual foram divididas em pixels tridimensionais chamados voxels (pixels volumétricos). Este processo decodifica os sinais cerebrais gerados pelas imagens em movimento, conectando informações de forma e espaço dos filmes a ações específicas no cérebro. À medida que as sessões progrediam, o computador aprendia cada vez mais sobre como a atividade visual na tela correspondia à atividade do cérebro.

Uma paleta de imagens com 18 milhões de segundos

Depois de gravar esta informação, outro grupo de vídeos foi usado para reconstruir os vídeos exibidos aos participantes da pesquisa. O computador analisou 18 milhões de segundos de vídeo aleatório do YouTube, construindo uma base de dados de atividade cerebral em potencial para cada vídeo. De todos esses vídeos, o software selecionou os cem que causavam uma atividade cerebral próxima à dos vídeos que os participantes viram, combinando-os num só vídeo. Apesar do resultado final ser embaçado e de baixa resolução, ele com certeza bate com os vídeos exibidos no experimento.

Pense em todos esses 18 milhões de segundos de vídeos aleatórios como uma paleta de cores de um pintor. Um pintor vê uma rosa vermelha na vida real e tenta reproduzir sua cor usando diferentes tons de vermelho disponíveis em sua paleta, combinando-as para ficar igual ao que ele está vendo. No caso, o software é o pintor e os 18 milhões de segundos de vídeos aleatórios são a paleta de cores. Ele analisa como o cérebro reage a certos estímulos, compara-os a reações do cérebro a essa paleta de 18 milhões de segundos, e escolhe o que combina melhor com a mesma reação. Então ele combina os vídeos em um novo vídeo, que bate com o que a pessoa estava vendo. Note que os 18 milhões de segundos de vídeo não eram o que as pessoas estavam vendo – eles são apenas pedaços aleatórios usados para compor a imagem do cérebro.

Dado um banco de dados enorme com vídeo e poder suficiente de processamento, o sistema poderia entender quaisquer imagens no seu cérebro.

Neste outro vídeo você pode ver como este processo funciona nas três pessoas do experimento. No canto superior esquerdo, você vê o vídeo que elas estavam assistindo enquanto dentro da máquina de fMRI. Embaixo, você vê o vídeo “extraído” da atividade mental deles. Ele mostra que esta técnica gera resultados confiáveis independentemente do que está sendo assistido – ou de quem assiste. As três fileiras de clipes na coluna à esquerda mostram os vídeos aleatórios que o programa de computador usou para reconstruir a informação visual.

No momento, a qualidade do resultado final não é boa, mas o potencial é enorme. O pesquisador Shinji Nishimoto, autor da pesquisa e um dos indivíduos testados, acredita que este é o primeiro passo para entrar diretamente em nosso cérebro e ver exatamente o que ele vê ou imagina:

Nossa experiência natural de visão é como ver um filme. Para esta tecnologia poder ser aplicada de forma ampla, nós precisamos entender como o cérebro processa essas experiências visuais dinâmicas.

Os gravadores de cérebro do futuro

Imagine isso. Capturar suas memórias visuais, seus sonhos, as divagações malucas da sua imaginação em um vídeo que pode ser visto por você com seus próprios olhos.

Esta é a primeira vez na história que conseguimos decodificar a atividade cerebral e reconstruir suas imagens em movimento numa tela de computador. O caminho que esta pesquisa abre é estarrecedor. Isto me faz lembrar de Brainstorm, o filme cult no qual um grupo de cientistas, liderado por Christopher Walken, desenvolve uma máquina capaz de gravar os cinco sentidos do ser humano, e então reproduzi-los para o próprio cérebro.

Este novo avanço nos traz cada vez mais perto deste objetivo, que – não tenho dúvida – vai acontecer em dado momento. Dado o aumento exponencial no desempenho dos computadores e da nossa compreensão da biologia humana, acredito que isto não vai demorar tanto assim, como meros mortais possam esperar. [UC Berkeley]



[Lifehacker] Como solucionar os problemas do PC dos meus pais remotamente?

[Lifehacker] Como solucionar os problemas do PC dos meus pais remotamente?:

Querido Lifehacker,

Eu estou prestes a sair de casa por alguns meses por causa dos estudos em outra cidade, e eu sou a única pessoa que entende de tecnologia da família. Meus pais dependem de mim para consertar os problemas do computador deles e configurar coisas novas que eles querem usar. Que aplicativo eu posso usar para me conectar com o computador deles, estando longe, e trabalhar nele quando eles precisarem, e que seja fácil para eles instalarem ou que não precise de muita configuração da parte deles?

Assinado,
O Filho Pródigo

Querido Filho Pródigo,

Nós sentimos a sua dor – às vezes ser a única pessoa que entende de tecnologia na família vem com um monte de responsabilidades que você não sabia que estava assumindo. Dito isto, existem vários utilitários que podem ajudar você se conectar com o computador dos seus pais quando você estiver longe de casa.

Você não especificou se eles tinham um Mac ou um PC, então nós iremos falar sobre ferramentas que funcionem em ambos. Você também mencionou que você queria uma ferramenta que fosse fácil de instalar ou não precisasse configurar muito, então nós iremos excluir ferramentas que exijam configuração do roteador ou redirecionamento de portas do lado deles e que eles teriam que configurar ou solucionar problemas antes de você poder conectar remotamente. Vamos dar uma olhada em algumas de suas opções:

Quando você não está preparado para isso: TeamViewer

O TeamViewer é uma alternativa para controlar remotamente um desktop, grátis (para usuários não-comerciais), cross-platform, fácil de configurar e usar, que irá permitir que você se conecte com o computador dos seus pais (ou qualquer outro) remotamente, transfira arquivos, caso precise, e gerencie o sistema remotamente sem se preocupar em configurar o redirecionamento de portas no roteador dos seus pais.

O aplicativo não permite que você se conecte diretamente via navegador. Ao invés disso, ele requer que o seu computador tenha o aplicativo do TeamViewer nele e que o sistema remoto tenha um plugin do TeamViewer instalado também. O plug-in é fácil de instalar e uma vez que ele estiver configurado você pode começar uma sessão de suporte remota ao direcionar seus pais para o site do TeamViewer. Lá eles irão obter um código da sessão e uma senha que você irá usar para se conectar ao computador deles. Digite o código e a senha e o app irá iniciar uma sessão como desktop remoto.

O TeamViewer funciona no Windows, Mac e Linux, vem com uma versão portátil que você pode levar com você em um pen drive, e é compatível com dispositivos iOS e Android para gerenciamento remoto também.

Quando você precisa de controle total: LogMeIn

O LogMeIn vem em dois sabores, LogMeIn Free e LogMeIn Pro. A versão grátis provavelmente irá atender a sua necessidade, e permitir que você se conecte com o computador dos seus pais de maneira rápida e fácil e com pouca ou quase nenhuma intervenção do lado deles. Você pode fazer com que eles fiquem na frente do PC enquanto resolve o problema, ou pode logar no modo “background”, que permite que você use o sistema deles sem perturbá-los. Você pode até mesmo configurar um wake-on-LAN para acordar o computador dos seus pais para que você possa resolver o problema na hora que quiser.

Você precisará guiar seus pais na instalação do plug-in no computador deles, mas uma vez que estiver instalado, você pode logar a qualquer momento indo no LogMeIn.com e colocando seu nome de usuário e senha. A partir daí, você irá ver os computadores que você tem acesso, e pode logar em qualquer um deles com sua conta local para aquele sistema. O LogMeIn é provavelmente o aplicativo mais fácil de gerenciamento remoto para configurar e usar com pouco esforço e configuração.

Se você estiver longe de um computador e receber uma ligação avisando que tem um problema que você precisa resolver, o LogMeIn Ignition permite que você se conecte a partir de um dispositivo iOS ou Android (por US$ 29,99 adicionais). O LogMeIn é ótimo para controlar remotamente e para resolver problemas, mas se você quiser transferir arquivos, imprimir remotamente, ou tirar vantagem do modo background, você precisará pagar pelo LogMeIn Pro, que custa cerca de US$ 69,95 por ano.

Quando você teve tempo para se preparar: GoToMyPC

O GoToMyPC da Citrix é outro aplicativo de gerenciamento remoto simples, que funciona via navegador, e não requer muita configuração em nenhum dos lados. Novamente, você terá que guiar os seus pais através da instalação do cliente do GoToMyPC no computador deles, mas é uma instalação bem fácil que não deve ser muito problema. Uma vez que estiver instalaro, você pode logar no computador deles remotamente através de um navegador em qualquer computador.

Uma vez conectado, você pode transferir arquivos, imprimir remotamente, e sincronizar clipboards (para que você possa copiar/colar dados entre computadores) com o computador remoto. O GoToMyPC é compatível com Windows e Mac OS, e apesar de ser fácil de configurar, ele é grátis apenas por um período de teste de 30 dias, depois disso ele custa US$ 9,95 por mês ou US$ 99 por ano.

Opções que necessitam de mais configuração

Todas essas ferramentas são melhores se você não tiver acesso ao computador dos seus pais antes de se mudar por causa da faculdade, e você quiser a maneira mais indolor possível para ter acesso remoto enquanto estiver longe.

Se você tiver acesso ao computador dos seus pais antes de sair de casa, você pode considerar configurar a VNC, que é uma ferramenta de gerenciamento remoto completamente grátis para Windows, Mac e Linux, mas requer que você configure redirecionamento de portas do roteador dos seus pais (se eles tiverem um), mudar a porta padrão para aquela que o VNC usa, e fechar a conexão com nome de usuário e senha. Além disso, você terá que instalar o server do VNC no desktop deles e o cliente no seu. O VNC é uma ótima opção completamente gratuita que dá um caminho para conectar diretamente, sem intermediários. Além disso, tem vários aplicativos diferentes do VNC, então você pode escolher um que funcione melhor com a sua conexão e com seu OS. Entretanto, o VNC também significa que se você tiver problemas de conexão, você está por sua conta – não há um número de suporte para ligar se você ou seus pais tiverem problemas. Se você quiser ir por esse caminho, eis aqui um guia que pode ajudar você na configuração.

Alternativamente, você também pode tentar o Quick Screen Share, que não permite que você controle remotamente, mas permite que você veja o que os seus pais estão vendo, e você pode guiá-los para solucionar o problema com eles funcionando como mãos remotas. Mas está em beta, então tenha isso em mente quando for usá-lo. É grátis, e não requer nenhuma instalação, assumindo que ambos os sistemas já tem Java instalado.

Nós sabemos que pode ser complicado achar uma maneira boa e fácil de ajudar a sua família com um problema técnico quando tudo que você tem é um telefone para ajudar a entender qual o problema que eles estão tendo. Com estas ferramentas, você deve conseguir logar e ver o que eles estão vendo, ou então logar quando você bem entender passa se assegurar de que o sistema deles está rodando bem, com os patches mais recentes, e em ordem. Boa sorte!

Sinceramente,
Lifehacker.

P.S.: Nós sabemos que estas não são as únicas maneiras de se conectar remotamente quando a família liga por causa dos seus problemas com o computador. Qual a sua maneira favorita de se conectar com o computador de um amigo ou membro da família quando eles ligam pedindo ajuda? Compartilhe suas dicas nos comentários.



O observatório ALMA de um bilhão de dólares pode encontrar uma bola de golfe a 15km de distância

O observatório ALMA de um bilhão de dólares pode encontrar uma bola de golfe a 15km de distância:

O platô deserto de Chajnantor, no Chile, fica 5 quilômetros acima do nível do mar e tem um dos ares mais secos do mundo. Isso o transforma no lugar perfeito para o maior, mais sensível e mais complexo telescópio terrestre.

O Atacama Large Millimeter Array (ALMA) estuda astronomia submilimétrica — a energia de ondas milimétricas e submilimétricas onde o espectro infravermelho para e as ondas de rádio começam. Esse tipo de energia é emitida por densas nuvens de gás molecular e poeira interestelar do espaço. Essas nuvens são casa de criação de novas estrelas, mas absorvem boa parte da luz visível emitida por esses astros mirins, deixando a temperatura próxima do zero absoluto (-273C). Apesar de a maioria da luz visível ser obscurecida pelas nuvens, a radiação que a poeira emite ao ser aquecida brilha no âmbito de milímetros e submilímetros. É esse tipo de radiação que a ALMA observa, onde os cientistas podem aprender sobre condições do Universo há 10 bilhões de anos.

Originalmente criada após uma parceria entre o Observatório Europeu do Sul e do Observatório Nacional de Rádio e Astronomia em 1997, a ALMA ganhou mais contribuidores que incluem equipes científicas do Japão, Taiwan, Espanha e Chile.

O observatório conta com telescópios de 50, 12 e 7 metros, formando uma grade de imagens interferométricas (IIA). Nesse tipo de disposição, cada telescópio faz a mesma coisa: coleta a radiação que vem do espaço e a foca em um detetor que mede a quantidade de radiação presente.

Os telescópios fazem uma escolha entre resolução e o tamanho do espelho — ondas longas produzem resoluções menores, espelhos maiores produzem resolução maior. Como a onda que a ALMA estuda é relativamente longa, de 0.32 a 3.6mm (1000 vezes mais longa do que um humano consegue ver), ela precisaria de um espelho único, gigantesco e impossível que produzisse a mesma resolução criada pelo IIA. Os 66 espelhos serão espalhados pelos 16 quilômetros do platô e permitirão que os cientistas deem zoom em objetos remotos.

Como as antenas irão medir objetos tão distantes, elas precisam ser incrivelmente precisas. Na verdade, qualquer sujeita com 25 micrômetros na superfície do espelho pode potencialmente afetar as descobertas do IIA. Os sinais de cada antena são transmitidos e processados pelo supercomputador correlacionado da ALMA. Com a antena posicionada em 10 quilômetros, a grade poderá gerar uma resolução de 10 mili-arcsegundo — dez vezes mais do que o telescópio do Hubble é capaz de fazer.

Então como alguém consegue mover esses espelhos de 12 metros, 95 toneladas por 10 quilômetros no meio do platô chileno? Com Otto e Lore, claro — os dois transportadores gêmeos gigantescos da ALMA.

Cada um desses transportadores foram especialmente desenhados e criados pela empresa Scheurle para esse projeto. Eles têm 20 metros de largura, 10 metros de comprimento e 6 de altura, espalhando seu peso de 130 toneladas em 28 tiras de pneu. Cada um deles é movido por um motor a diesel de 700 cavalos (que se tornam, na verdade, 450 cavalos, por causa da altitude e do ar espesso) e carrega 3 mil litros de combustível. Os dois veículos têm velocidade máxima de 20km/h e 12km/h quando a antena está sendo carregada.

[Motherboard TV -The Guardian - European Southern Observatory 1, 2, 3 - UK Astronomy Technology Center - Scheuerle - National Radio Astronomy Observatory - Space Info - The Living Moon]



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

[Lifehacker] Como eu recuperei o meu laptop perdido em 24h usando o Prey

[Lifehacker] Como eu recuperei o meu laptop perdido em 24h usando o Prey:

No fim de semana passado, minha maleta foi roubada de dentro do meu carro quando eu estava estacionado do lado de fora de uma pousada. Nela estava o meu MacBook e todos os meus documentos do trabalho. Aparentemente alguém pegou a maleta enquanto eu não estava olhando e saiu correndo antes que eu voltasse.

Nota do Lifehacker: Nós já ensinamos como localizar e possivelmente recuperar o seu laptop roubado com o aplicativo grátis e opensource Prey. Neste post, de um usuário do Prey chamado Doug van Spronsen, detalhamos como o processo de recuperação pode funcionar, potencialmente. Se você quiser ler as lições aprendidas por alguém que não colocou muitas medidas de segurança no seu laptop antes dele ser roubado, leia este post.

Já que nada mais foi roubado ou removido de lugar no carro, nós nem mesmo percebemos o roubo antes da manhã seguinte. Procuramos nervosamente por todos os lugares, mas eventualmente ficou claro que a maleta havia sumido. Elyse sugeriu registrar ocorrência com a polícia. (Eu não botava a menor fé que eles seriam capazes de encontrar alguma coisa, mas registramos a ocorrência mesmo assim, e isso mostrou-se essencial mais para frente.)

Desnecessário dizer que eu estava bastante chateado por tudo aquilo ter sumido.

Dirigíamos até o nosso próximo destino na viagem, achando que o laptop havia sumido de vez, quando eu me lembrei de ter instalado nele um programinha de rastreamento depois de ler sobre a história de Sean Power.

Fiz login usando o meu iPhone e relatei no Prey que o meu aparelho estava perdido. Inacreditavelmente, dentro de 10 minutos eu comecei a receber emails com imagens que pareciam com esta ao lado. (Eu borrei as imagens, já que não tenho certeza da legalidade dessa coisa toda.)

A cada 20 minutos, o Prey me mandava uma imagem do cara que roubou o meu laptop, a sua localização e uma screenshot dos sites que ele estava vendo. As fotos também me deram uma boa noção de como era a casa dele por dentro, o que também acabou sendo importante.

Nós imediatamente ligamos para a polícia, e dentro de poucas horas eu fui capaz de dar todas as informações relevantes para a policial pelo telefone. (Vale dizer que a polícia fez um ótimo trabalho, sempre pronta para agir e nunca duvidando da minha palavra. Foi engraçado, aliás, ver que eles estavam impressionadíssimos com o fato de que alguém pode rastrear outra pessoa dessa forma.)

Enfim, a polícia foi ao local indicado pelo Prey, mas a casa estava deserta e ninguém respondeu. Como não tinham uma procuração, não puderam entrar.

Os emails pararam de chegar, o que indicava que o ladrão não estava usando o meu laptop, e que o Prey não conseguia rastreá-lo. Nós retomamos as nossas férias (desgustação de vinhos em Naramata, uma ótima maneira de liberar o stress) e esperamos os emails voltarem.

Na noite seguinte, ele voltou a usar o computador. Ele estava logado no Facebook, o que me permitiu ver o seu nome, idade e escola. Ele estava até se gabando para os amigos por ter “comprado” um laptop de 17 polegadas, por “$2250″.

Descobrir o seu nome foi vital, pois assim a polícia foi capaz de descobrir o seu endereço completo e ir até lá. A localização indicada pelo Prey estava um pouco incorreta, então da outra vez eles foram à casa errada, por isso foi importante cruzar o nome com o endereço completo. Neste momento, a polícia decidiu que tinha informações suficientes para confrontar o ladrão, e assim fizeram.

Foi engraçado receber a screenshot abaixo alguns minutos depois. Não havia ninguém usando o computador, porque a polícia estava na casa fazendo o interrogatório.

Ambos os garotos confessaram tudo imediatamente e trouxeram de volta tudo o que pegaram. Incrivelmente, eles tinham mais coisas do que eu lembrava de ter colocado na maleta, como minha câmera e iPod, além de uma unidade de GPS. E eles devolveram tudo.

Eu voltei à cidade do roubo e recuperei tudo com a polícia. Tudo estava em ótimas condições.

Então vai um grande muito obrigado à polícia de Kelowna e também ao Prey, que eu recomendo muito baixar. É grátis, fácil de instalar e, como você pode ver, funciona que é uma beleza.

Você pode seguir o Doug no Twitter (@dougvs) ou no seu blog de marketing.



Este Air Drone quebra redes Wi-Fi e controla computadores

Este Air Drone quebra redes Wi-Fi e controla computadores:

Este deve ser o santo graal da arte hacker: um drone barato, caseiro, que pode quebrar redes Wi-Fi e transformar computadores em zumbis com o uso de controles remotos. A melhor parte para os vilões: ele faz com que o ataque não seja rastreável.

O dron SkyNET é um quadcóptero Parrot de US$300 modificado com um computador Linux, um cartão 3G, uma unidade GPS e dois cartões Wi-Fi. Entenda como ele funciona:

Controlado por um botmaster via 3G, o drone ou um grupo de drones voa por uma área urbana em busca de redes Wi-Fi. Quando eles as encontram, eles automaticamente tentam quebrá-la. Quando eles conseguem entrar na rede, eles buscam computadores pessoas que possam ser atacados. Qualquer computador que caia no ataque se transforma em um zumbi sem que o usuário tenha ideia disso.

Após o início do processo de infecção, os hackers podem controlar facilmente os zumbis de forma remota por meio da conexão Wi-Fi entre o drone e o servidor. Os zumbis podem ser usados em ataques por meio de suas conexões de internet, recebendo comandos da SkyNET que não podem ser traçados e ligados ao botmaster:

Voos subsequentes do drone são feitos para ativar um comando de controle sem fazer conexão alguma entre o botmaster e a botnet via internet. Fazer engenharia reversa na botnet ou enumerar os bots não revela a identidade do botmaster.

É uma ideia perfeita. Custo total: US$ 600. Com força de vontade e economia, qualquer um pode fazer um desses voar.

Felizmente o nome do aparelho já nos impede de muitas piadas, não é mesmo, Sarah Connor? [SkyNET Paper (PDF) via Cnet]



Cientistas conseguem extrair, gravar e devolver informação para o cérebro

Cientistas conseguem extrair, gravar e devolver informação para o cérebro:

Isso é incrível: uma equipe da Universidade de Tel Aviv liderada pelo professor Matti Mintz desenvolveu um cerebelo sintético que pode receber impulsos sensoriais do cérebro, analisá-los, e depois devolver a informação para outras partes do cérebro!

O sistema está atualmente funcionando em ratos, e conseguiu restaurar funções perdidas do cérebro causadas por tecido danificado. No entanto, a coisa mais importante é que o estudo prova que a comunicação entre cérebro e máquina pode funcionar no caminho bidirecional, com uma máquina recebendo informação do cérebro, analisando-a e a devolvendo ao mesmo lugar. Nas palavras de Mintz:

Trata-se de uma prova de conceito de que nós podemos gravar informações do cérebro, analisá-las em uma forma similar à rede biológica, e devolve-la ao cérebro.

O módulo experimental criado pela equipe devolveu piscadas reflexivas ao rato. Ele se conecta ao cérebro pra detectar quando o rato ouve um bipe para assim lhe dar uma ordem para que o cérebro faça o rato piscar.

É um experimento bem simples, mas Fracesco Sepulveda, da Universidade de Essex, explica:

Isso demonstra quão longe já fomos na proposta de criar circuitos que possam um dia substituir áreas danificadas do cérebro e até mesmo aumentar a força de um cérebro saudável. O funcionalidade de mímica do circuito é bem básica. Não obstante, trata-se de um passo empolgante para chegarmos em possibilidades enormes.

Estou embasbacado. Vídeoclipes que reconstroem a atividade visual do cérebro, partículas mais rápidas do que a luz, carros com cheiro de torrada e agora cientistas restaurando funções perdidas de um cérebro usando implantes eletrônicos. Setembro é oficialmente o mês mais maluco da ciência na história recente. [New Scientist]

Foto por Serg Zastavkin/Shutterstock



Dez marcas de carro que não deveriam ter morrido

Dez marcas de carro que não deveriam ter morrido:


O ramo automotivo tem suas semelhanças com a máfia. Um deslize e você já era. Às vezes boas marcas são assassinadas por rivais, enxotadas do mercado ou mesmo abandonadas pela matriz. Aqui estão as que jamais deveriam ter acabado, escolhidas por vocês.

DeLorean

Sugerido por: @Esgalha
Por que era legal? Apesar de ter sido o responsável por grandes máquinas da GM americana, como os Pontiac GTO, Grand Prix e Firebird e os Chevrolet Vega e Nova, John Zachary DeLorean não teve muita sorte com sua marca própria. O único carro que conseguiu lançar fracassou na qualidade e no sucesso comercial, enquanto John era acusado de envolvimento com um esquema internacional de tráfico de drogas.

A imagem da marca mudaria em 1985, quando já estava morta. Marty McFly voltou-se ao Dr. Emmett Brown e perguntou: “Você construiu uma máquina do tempo… usando um DeLorean?”. O DMC-12 e suas asas de gaivota (muito frágeis na vida real) tornaram-se ícones reconhecidos no mundo inteiro, algo raro neste futuro nada alternativo em que tudo o que restou foram algumas portas e carrocerias que estão sendo montadas no Texas.

Puma

Sugerido por: clube diVINO
Por que era legal? Durante 30 anos produziu os fora de série mais populares do Brasil, do leve e suave Puma DKW ao musculoso GTB de seis cilindros. Infelizmente a Puma (e o Miura, e muitas outras fabricantes) não resistiu à abertura às importações no início dos anos 90 e morreu, vítima da defasagem resultante da falta de concorrência e da reserva de mercado mantida artificialmente por décadas.
Crédito da foto: AntigoMotors.com.br/Jocelino Leão

TVR

Sugerido por: Lange
Por que era legal? A TVR surgiu como tantas outras fabricantes inglesas de esportivos, mas os motivos que nos fazem lamentar sua ausência são outros. Se nos primeiros anos ela fazia grandes esportivos que consolidaram a marca no mercado, a partir dos anos 70 a marca começou a usar motores cada vez maiores em carrocerias mais leves, de formas ousadas e agressivas – não exatamente bonitas.

A TVR foi a última fábrica de esportivos puros, sem nenhum tipo de assistência eletrônica ou itens de segurança que interferissem na condução do motorista. Nem mesmo airbag. Quando questionada sobre a falta desses equipamentos, a TVR simplesmente respondeu: “não bata”.

Pontiac

Sugerido por: Crazy_finnish L6 4.1
Por que era legal? A Pontiac foi uma das principais protagonistas da era dos muscle cars, e sempre teve um caráter mais esportivo que suas irmãs da GM. Nasceu como uma versão diferenciada dos Chevrolets e morreu como uma marca de carros de baixo custo, mas em vários momentos de sua existência fez verdadeiros ícones de quatro rodas como seus GTO, Firebirds e Fieros.

Foi embora cedo demais, quando a marca ensaiava um retorno às suas raízes esportivas com o Solstice e os australianos bombados GTO e G8.

Tucker

Sugerido por: Guilherme
Por que era legal? Se a quixotesca e triste história de um homem contra o establishment automotivo americano não te comove, o motor de helicóptero montado na traseira do carro deve mexer com você. E se isso não for o bastante, infelizmente não poderemos te ajudar. As fábricas americanas teriam sido bem melhores com um pouco de concorrência – e deveriam ter aproveitado quando a concorrência era apenas americana.

Tatra

Sugerido por: RTG
Por que era legal? Como se não fosse bastante ser a pioneira em popularizar os carros aerodinâmicos e viver no limite do design automotivo, a Tatra decidiu dominar a Europa a partir da então Tchecoslováquia comunista com uma linha de carros de luxo equipados com um motor traseiro V8 refrigerado a ar.

Não surpreende que a Tatra não tenha sobrevivido à decada de 1990. Ela não conseguiu concorrer com o mercado automotivo moderno, mas isso não significa que seu legado foi menos brilhante. Além disso, eles fizeram o melhor de todos os anúncios de carros.

AMC

Sugerido por: GrandCherokee52
Por que era legal? A AMC sempre foi a quarta fabricante americana, lutando por um pedacinho do imenso mercado local, mas sempre conseguiu fazer carros interessantes, como o muscle AMX (acima) e o proto-crossover Eagle. A empresa sobreviveu assim até 1987, quando a Chrysler comprou a empresa, trazendo para si a marca Jeep. Seus carros sempre tiveram um quê de independência.

Gurgel

Sugerido por: hpeluffo
Por que era legal? João do Amaral Gurgel foi um louco. Só um louco tentaria fazer carros elétricos quando ninguém se preocupava com a emissão de poluentes. Só um louco pensaria em um microcarro urbano quando sobravam vagas e espaço nas ruas. E só um louco corajoso se manifestaria contra o Pró-Álcool, rejeitando o etanol como combustível.

Mas o tempo separa os loucos dos gênios, e 20 anos após a falência da Gurgel vemos o mundo enlouquecendo por carros elétricos e microcarros, e um mercado de combustíveis enlouquecido por estar atrelado à instabilidade de safras, entressafras e à produção de açúcar para exportação. Gurgel estava pronto para o futuro, mas o presente não estava pronto para ele.

Studebaker

Sugerido por: pedraoctba
Por que era legal? Há mil e um motivos para adorar a Studebaker, de sua rivalidade com a Benz aos motores sobrealimentados de fábrica da década de 1960. O que faz a Studebaker legal é algo abstrato. A empresa nunca conseguiu superar o competitivo mercado americano dos anos 50 e 60, mas sempre será lembrada por seus grandes carros, bem diferentes da concorrência, como o Avanti: um design vinte anos à frente de seu tempo, com um V8 supercharged de até 335 cavalos.

Duesenberg


Sugerido por: Eduardo Wojcikiewicz
Por que era legal? Há pouco espaço para listar os grandes feitos técnicos realizados pelos irmãos Duesenberg, de suas vitórias em Indianápolis e Le Mans a seus velozes carros ultraluxuosos. Perceba como cada detalhe parece realmente feito por artesãos. Sem dúvida a melhor marca deste lado do Atlântico.